segunda-feira, 21 de março de 2011

"Dia Solidário" - 08 de Março de 2011

No âmbito da disciplina de área de projecto juntamente com a disciplina de Psicologia, foi-nos proposta uma actividade extra-curricular denominada "Dia Solidário". Esta actividade teve como objectivo uma feira onde vendemos variados objectos, revertendo o dinheiro dos mesmos para uma instituição. Teve também como objectivo a organização de um PeddyPapper e de uma Gincana em que os participantes foram crianças autistas com que um dos grupos de AP trabalham. E por último os outros dois objectivos executados consistiram numa sessão poética acompanhado de um lanche para idosos com os quais o  nosso grupo trabalha e também uma sessão de jogos em que a nossa turma interagiu com os idosos em questão. Deixamos aqui o registo fotográfico destes dois últimos objectivos organizados pelo nosso grupo.












AMIGO VELHO - poema

Pode haver nada mais confortável neste mundo
do que um amigo velho?
Não tem surpresa conosco,
mas também não espera de nós
o que não podemos dar.
Não se escandaliza com o que fazemos,
não se irrita, ou, se se irrita, é moderadamente...
Não precisa a gente lhe explicar nada,
o mecanismo de novos interesses
e até mesmo de novos amores,
porque o velho amigo
conhece todos os nossos mecanismos.
Mas, além dessa capacidade
de compreensão quase infinita,
se o amigo velho nos é
acima de tudo precioso
é porque preciosos também
somos nós para ele.

(Rachel de Queiroz)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Relatório da entrevista a idosos

Tarefa: Entrevista a idosos de um Centro de Dia em Lisboa
Objectivo: Conhecer o quotidiano/passado da faixa etária a partir dos 60 anos
Data: 1 de Fevereiro de 2011

Ana Rita Oliveira:
            Conseguimos cumprir o objectivo da nossa tarefa. Cada uma de nós entrevistou uma das 3 idosas escolhidas para a realização da Entrevista. Correu bem, apesar de as senhoras não quererem que a sua informação pessoal fosse exposta no nosso Blog, vamos utilizar a informação como material para apresentar trabalho feito à professora. Foi uma experiência interessante. Nomeadamente, o facto de que todas elas aconselharam-nos vigorosamente a nunca nos casarmos.
             Foram bastante prestáveis, e mostraram-se disponíveis para responder a todas as perguntas. O que mais me espantou foi o facto de uma delas ter 90 anos e estar perfeitamente lúcida, e não deixou que a idade lhe afectasse o seu discurso fluido e o seu raciocínio correcto. A minha visão do estereótipo, de pessoas idosas serem pessoas sem qualquer tipo de interesse já muito “chonés” a nível de saúde mental, mudou completamente.


Andreia Araujo:
           
Pessoalmente, gostei muito desta actividade. Pudemos interagir com os nossos “velhinhos” e ver de uma perspectiva diferente do que temos visto, a forma como vivem e até como encaram a vida, depois de tantos anos e de tantas experiências.
Penso até que esta “entrevista” foi muito mais dinâmica e interessante do que a que fizemos anteriormente. As senhoras que entrevistámos desta vez, mostraram-se muito mais interessadas, e até nos deram alguns conselhos.
Apesar de não ter corrido totalmente como previsto. Isto é, o objectivo desta actividade era entrevistarmos as senhoras para darmos a conhecer a sua história de vida, publicando-a no blog do grupo, mas não nos concederam autorização para o fazer. Sinto que esta experiência foi bastante enriquecedora. São com estas pequenas coisas que nos tornamos mais humanos e mais compreensivos para com os outros.

Verónica Santos:
          
Foi uma experiência muito rica, em que todas nós nos apercebemos um pouco mais da importância dos idosos (objectivo que tínhamos delineado para este projecto), e por isso, acho que devo salientar que, se conseguimos até convencer-nos a nós mesmas de que os idosos são bastante importantes na sociedade também seremos capazes de sensibilizar as outras pessoas.
Conhecemos pessoas muito interessantes, cheias de experiências de vida para contar. Mostraram-se sempre dispostas a partilhar (excepto quando lhes perguntámos relativamente à partilha do conteúdo na Internet) momentos da sua vida, ajudando imenso no nosso trabalho.
Das três idosas com que falámos todas elas salientaram que não se sentem, de todo, incluídas na sociedade e respeitadas por todos. Mostraram-se indignadas com o comportamento desapropriado para pessoas da sua faixa etária.
Esta experiência teve um ponto muito negativo. Ponto este que comprometeu um dos nossos objectivos do projecto. As idosas recusaram-se a publicar as suas histórias na Internet, sendo assim, não conseguimos sensibilizar a sociedade. Eram histórias muito ricas e que nos permitiam estudar mais este tema da negligência e abandono de idosos.

Esta actividade foi enriquecedora a nível pessoal, tendo em conta que conhecemos pessoas muito interessantes e aprendemos com elas. No entanto, teve uma vertente negativa pelo facto de que não nos ser permitido publicar tais entrevistas. O que é compreensível tendo em conta que os idosos não estão minimamente informados relativamente à Internet. Fomos persuasivas, mas as respostas eram do género “não quero que os meus netos vejam isto”, “não quero que a minha vida esteja constantemente a ser comentada”.Tendo em conta esta impossibilidade de publicação no nosso blog, estes testemunhos não serão úteis para ninguém a não ser para nós, comprometendo a sensibilização da sociedade (objectivo traçado no início do projecto).
 

Médico diz que Mortes solitárias "não são raras"




O presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, Mário Durval, disse hoje, domingo, que as mortes solitárias de idosos acontecem com frequência e estão relacionadas com a evolução demográfica e com o isolamento.

"Não é tão raro como isso. Cada vez há mais pessoas a viverem sozinhas e obviamente morrem desacompanhadas, só que normalmente as famílias dão por isso", justificou. Segundo este médico, as mortes de idosos são muitas vezes comunicadas no próprio dia, ou dois ou três dias depois, na maior parte dos casos por "famílias que mantêm o contacto" ou por vizinhos. Mário Durval salientou que "esta situação é consequência da evolução demográfica: há um aumento do número de idosos e um aumento do número de idosos que vivem sozinhos". O delegado de saúde considerou que os casos de solidão são ainda mais graves nas cidades devido ao "anonimato". "Nas periferias ou em zonas mais ruralizadas é mais fácil dar por isso quando os vizinhos deixam de aparecer ou quebram as rotinas".
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, corporação que foi chamada para recolher o corpo do idoso de 80 anos, encontrado morto em sua casa em S. Mamede Infesta, Matosinhos, afirmou também à Lusa que situações como esta "acontecem com alguma frequência". Carlos Teixeira referiu que abrir a porta de uma casa de um idoso que vive sozinho e que não responde a conhecidos é como "entrar num prédio de onde sai fumo de uma janela", considerando que não se pode ignorar determinadas situações. Mário Durval alertou, por outro lado, para a necessidade dos idosos terem um acompanhamento mais próximo por parte das instituições e lembrou que o corpo da idosa que morreu em Sintra só foi descoberto, oito anos após a sua morte, devido à penhora da casa onde residia.
"Para o Fisco e para a Segurança Social não existem pessoas, existem números. A nossa governação não vai no sentido de valorizar as pessoas", lamentou o especialista de saúde pública. Mário Durval criticou também "o distanciamento técnico" das instituições fazem parte das redes de apoio desta população. Nos últimos dias foram encontrados três idosos mortos em casa há vários dias, sendo o caso mais mediático o da mulher encontrada morta no seu apartamento, de Rio de Mouro (em Sintra).
                                                                                       Diário de Notícias
Fonte:
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1783201 

Uma fuga à solidão



Este vídeo dá-nos conhecimento não só apenas de uma percentagem de idosos que vivem sozinhos no nosso país mas também de uma fuga a esta solidão potenciada pela Universidade Contemporânea Senior, onde estes ocupam o seu tempo.
Aprender e desenvolver as nossas capacidades cognitivas nunca é demais, e a idade não é factor que o impeça.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

o porquê?

Escolhemos este tema para trabalhar no âmbito da área de projecto porque é a uma realidade bastante presente no nosso quotidiano. É uma realidade que o número de idosos no nosso país está constantemente a aumentar. E, por sua vez, o número de abandono e negligência dos mesmos também.
O nosso principal objectivo é sensibilizar a sociedade e alertá-la para este tipo de problema bastante delicado.